A segunda história de Abdul, o joalheiro (FONTE: SMULLYAN, R. O enigma de Sherazade. E outros incríveis problemas das “Mil e uma noites” à lógica moderna. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998. p. 15 - 16. ISBN 85-7110-469-7) “Muito interessante também!” disse o rei, depois de Sherazade explicar a resposta correta. “Conta mais uma!” “Bem”, respondeu Sherazade, “certa noite entrou um ladrão na loja de Abdul...” “Devia ser preso e esquartejado!” interrompeu o rei. “Certo, Majestade”, respondeu Sherazade, “mas, para prosseguir com minha história, o ladrão encontrou uma gaveta cheia de diamantes. Sua primeira idéia foi levá-los todos, mas foi incomodado por sua consciência e decidiu contentar-se apenas com a metade.” “Hmmm!” disse o rei. “E assim, pegou metade dos diamantes e foi saindo da loja.” “Oh!” fez o rei. “Mas então pensou: ‘Vou levar mais um’, e levou. “Oooh!” disse o rei. “E então foi embora da loja, depois de roubar metade dos diamantes e mais um.” “E depois?” quis saber o rei. “Estranhamente, poucos minutos depois, um segundo ladrão entrou na loja e pegou a metade dos diamantes restantes e mais um. Depois um terceiro ladrão entrou na loja e pegou metade dos diamantes que restavam e mais um. Depois um quarto ladrão, pegando metade do resto e mais um. Depois um quinto, que não pegou nada porque todos os diamantes já tinham sido levados.” “E qual é o problema?” perguntou o rei. “O problema”, respondeu ela, “é saber quantos diamantes havia inicialmente na gaveta.” “E como é que eu vou saber?” “Não é difícil de calcular”, respondeu ela. Quantos diamantes havia na gaveta?
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