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Linux, minhas primeiras dúvidas



- Por que aderir a este Sistema Operacional?

(Respostas concluídas após algumas discussões)

1. Distribuição gratuita (visão de escola como empresa);

2. Exige conhecimento superior a "cliques" (visão de ferramenta educacional);

3. Proporciona um trabalho em equipe (comunitário);

4. Permite trabalhar em quatro áreas diferentes;

5. Não monopoliza o uso e a criação de softwares;

6. Permite ao usuário compartilhar informações;

7. Reciclagem do saber;

8. Tira monópolio, que dura alguns anos, da empresa líder no mercado de informática: Microsoft;

9. Enriquece a importância de um conhecimento básico sobre linguagem de programação.



- Primeiras impressões constatadas sobre o Linux:

1. Exige algum conhecimento (ou aprendizado) sobre linguagem de programação;

2. Possui recursos que lembram o ambiente Windows, porém mais sofisticados (mais poderosos);

3. Exige testagem e readaptação na utilização de alguns softwares;

4. Proporciona o trabalho em ambiente não gráfico;

5. Permite modificar e/ou criar arquivos de forma avançada;

6. Possui um ambiente de texto (x-term) que assmelha-se ao MS-DOS do Windows, porém muito mais avançado (poderoso) e enriquecido de comandos que facilitam o acesso a todo e qualquer documento (pasta);

7. Reduz o número de softwares disponíveis.



- Primeira Experiência:

O novo, numa primeira instância, exige uma readaptação, uma reciclagem. O velho acomoda, adormece a necessidade do querer mais.

Verifica-se, num primeiro momento, que na informática está um grande exemplo desta parada que damos ao nosso saber. Limitamo-nos, diante do computador, a dar "cliques" no mouse e sentimo-nos donos da situação. Somos manipulados, permitimos que aprisionem-nos num calabouço rodeado de janelinhas, tendo por fundo musical o mesmo som ao raiar do dia e ao cair da noite. A imagem ao fundo, até podemos escolher, mas de que adianta uma formosa paisagem se o caminho já está traçado?

Romper barreiras, querer mais, exigir voz e vez na criação de estratégias, fazer da questão um problema comunitário que permite opiniões das mais variadas, poder compartilhar conhecimentos, não monopolizar conteúdos, não tornar a avenida do saber uma via de mão única, criar desvios, explorar novos acessos e, enfim, acordar para a possibilidade de executar os próprios desejos.



- Primeiras constatações:

Percebe-se que o Linux é um gerenciador de programas que, até certo ponto, assemelha-se visualmente ao saturado e monopolizado Windows.

A primeira impressão logo cai por terra quando constata-se o número reduzido de softwares que são compatíveis ao sistema. É de fácil compreensão o fato destacado acima, uma vez que toda e qualquer indústria de softwares esteve sempre diretamente ligada a Microsoft.

As primeiras vantagens do uso do Linux logo são percebidas: além da distribuição gratuita, possibilita o trabalho em quatro ambientes diferentes e o acesso a uma área de texto riquíssima em ferramentas, (desde que sejam sabidos alguns, para não dizer muitos, comandos) e oportunidades de novas criações.

É neste momento que vivencia-se a primeira grande dificuldade, sem conhecimento de linguagem de programação, toda e qualquer alteração ou criação desejada é feita através de comandos. Aqui ocorre a necessidade da primeira reciclagem de conhecimento do eterno usuário de Windows: aprender algumas noções básicas, porém essenciais, de linguagem de programação para que o trabalho com o Linux seja bem sucedido.



- Softwares disponíveis para uso com Linux hoje:

Ainda em número reduzido e em fase de testes, os softwares compatíveis com o Linux existentes no mercado de informática vão ganhando seu espaço. Um pacote composto por um grande número de títulos, envolvendo uma gama quantitativa de áreas educacionais encontram-se no site www.linuxforkids.com. Além destes, o pacote StarOffice (versão do pacote Office do Windows), alguns softwares gráficos (equivalentes ao Paint e ao Coreldraw) e alguns programas específicos de áreas (como Maple e Megalogo) são perfeitamente bem executáveis no ambiente Linux.

Alguns títulos de softwares conhecidos pelo trabalho com Windows (como StoryBook, Kid Pix Studio, ...) estão sendo analisados para, posteriormente, verificar-se a possibilidade ou não da utilização dos mesmos em versão Linux.

Pesquisas e análises de material de apoio, no que se refere a novidades no setor de softwares educacionais específicos para Linux, estão sendo efetuadas. A busca constante de informações pode ser feita via Internet.



- Duas semanas depois

A experiência verificada duas semanas depois do primeiro contato com o sistema operacional Linux converteu algumas de minhas afirmações iniciais e, por outro lado, criaram-se outras:

1)Quanto ao Linux:Realmente é um sistema operacional que assemelha-se graficamente ao Windows, porém exige do usuário muito mais conhecimentos. Acredito que a utilização do mesmo entre alunos deve ser muito bem pensada (planejada didática e pedagogicamente), caso contrário estaremos assustando e desgostando muitos de nossos alunos das aulas de informática. Mais uma vez reafirmo a necessidade de algum conhecimento na linguagem de programação. Para efetuar alguns procedimentos simples, como salvar algum trabalho em disquete, é imprescindível noções básicas sobre o assunto;

2)Sobre os softwares utilizáveis: Embora já tenha recebido material que garanta variedade no que refere-se a material utilizável educacionalmente no ambiente Linux, na dependência de terceiros, ainda não tive a oportunidade de ver (analisar) a qualidade do mesmo, logo, neste assunto, ainda sinto ser bastante delicado para efetuar maiores afirmações.

3) Quanto a necessidade de dominar comandos: Como alguém que nunca preocupou-se em saber todos os comandos específicos de programação, a dificuldade que estou encontrando é grande. Tenho experiência pedagógica, didática e prática no assunto, mas nunca interessei-me pelo aspecto mais técnico, talvez até por não sentir esta necessidade no meu estilo de dar aula. As informações estão sendo me repassadas de forma rápida e, pelo pouco uso que estou fazendo das mesmas, superficialmente. Faço todas as devidas anotações e, com isso, vou acumulando uma lista de comandos (em anexo), que ainda não tenho domínio completo. Entendo que, para dar início as atividades com os alunos, precisamos traçar nossas metas e determinar nosso principal objetivo, não podemos obrigar leigos no assunto de informática tornarem-se experts no assunto do dia para noite. Afinal, nosso objetivo é formar programadores ou fazer do computador uma ferramenta educacional a mais na vida de nossos alunos e professores? Existe aqui uma controvérsia interessante, enquanto alguns profissionais da área de informática defendem que o usuário da máquina tenha obrigação de saber todos os comandos, outros acreditam que não existe esta necessidade de tornar-se um sabedor de tudo para efetuar atividades diante ao computador.



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